quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que realmente importa?

Clint Eastwoodem em uns dos seus filmes abre parênteses para a eutanásia. No filme A Menina de Ouro, Morgan Freeman atriz principal, é lutadora de boxe, e, em uma de suas lutas sofre um acidente que a torna paraplégica. Morgan em sua trajetória teve muitas vitórias, então consciente, decide não sofrer mais presa em uma cama de hospital, fazendo com que toda sua fama, seu glamour não se perdesse no tempo. Praticando a eutanásia.

A eutanásia é um assunto muito discutido ultimamente, já que traz em questão a bioética e o biodireito, trazendo também os favoráveis e os contras.
Os favoráveis contestam que essa prática é a fim de tirar as dores do paciente em situação crítica. Dando ao paciente, o direito de tirar sua vida.           
Os contras contestam que essa prática é suicida. Entrando nas questões religiosas.
No Brasil a eutanásia é ilegal, já na Holanda essa prática é protegida por lei. Um caso que chamou a atenção no mundo foi uma estadunidense Terri Schiavo, seu marido entrou na justiça para que os aparelhos que a deixavam viva fossem desligados. A família de Terri entrou contra o esposo. Para que os aparelhos de Terri continuassem ligados, alegando que enquanto a vida a esperança. Por fim das contas, o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger decidi aprovador o pedido do esposo de desligar os aparelhos de sua esposa.
Casos como estes nos faz questionar, e geram várias e várias perguntas. Do que realmente importa na vida? Será que temos o direito de simplesmente decidir se uma pessoa pode ou não viver, mesmo sendo em uma condição humana esdrúxula? Será que podemos tirar uma dor com a morte? E as questões religiosas que afetam diretamente? Se só Deus que dá e tira a vida?
A eutanásia é uma forma de apressar a morte de uma doença incurável, e muito discutida até então. Será que vale a pena apressar a morte, ou devemos sustentar uma situação na qual não há mais alternativas? Passo a questão a vocês, pensem um pouco, e repassem.   

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Desfiguração do Natal


Natal, data cristã comemorada pelo nascimento de Jesus em uma sociedade laica que desfigura pela presença do Papai Noel. Deveria ser realizado um momento de lembranças e gratidão a Deus se tornou um mero momento onde há uma comilança compulsiva em torno da mesa (pratos só realizados na data) e uma troca incessante de presentes.
Papai Noel, bom velinho, barbudão. Chamem do que quiserem. Imagem capitalizada a fim de gerar lucros cada vez maiores. Bom? Para as empresas? Claro. Quanto mais gira a seta do capitalismo melhor. Fazendo com que toda data comemorativa tenha troca de presentes. Natal, Dia das Mães e das Crianças lideram os mais altos índices de lucros. No natal em especial, tendo aquele amigo secreto depois da meia-noite. Com sempre as mesmas palavras: - Essa pessoa é muito especial...
Jesus Cristo, nasceu da Virgem Maria, com o intuito de salvar seu povo, morreu para que na cruz do calvário fossem perdoados todos os nossos pecados. O natal: é sentar à mesa, cear em memória dEle. Comer o pão (corpo) e tomar o vinho (sangue). Fazei isso em memória de mim diz o Senhor.
Entretanto vivemos em uma sociedade laica. Sociedade essa, para que a religião não afete a política, tentam juntar ambos em um só. “Jesus e Capital”. Caracterizam um senhor com barba grande e branca, que tenha carisma e cative de alguma forma as crianças, responsáveis pela maior parte dos lucros a escreverem mais e mais cartinhas para que seus pais coloquem no correio e que por algum toque mágico essa mesma cartinha chegue até o Pólo Norte, e a meia-noite do dia 25 de dezembro o barbudão gordo de vermelho descera pela chaminé, ficara entalado por alguns segundos e colocara o seu desejo de baixo da árvore.
Ótimo para o mercado. E quanto às crianças que crescem sem valores, sem um senso espiritual e um ritmo de passagem? Tornando cada data, uma data comum, sem a celebração necessária.
Data essa que cada vez mais e mais, a magia do natal vai perdendo o brilho. E com eles, vai também toda cerimônia, a espera da meia-noite para estourar o champanhe, o sentar à mesa, fazer um pedido, vestir vestes brancas (Santidade) e agradecer pelo sacrifício de Jesus na cruz. Sacrifício que salvou a minha e a sua vida. E infelizmente pela maioria das pessoas não é lembrado, não é respeitado, no máximo um tapinha nas costas “– Feliz Natal”. E o símbolo Natalino? O capitalismo passa por cima mais uma vez do que mais deveria ser respeitado, Jesus Cristo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Sonho...Nunca morre...Sonhar...Faz delirar

SONHAR, palavrinha complicada. 
SONHAR...Sabe aquele sonho que é realmente um sonho, e que as vezes se vê quase deixando-o de lado, talvez pelas circunstâncias, pela vida, momento e até mesmo amadurecimento nós leva a coloca-los em segunda opção, que vai gerando várias e várias opções na frente, e isso dói, porque foi um SONHO, e sonho é SONHO. 
SONHO não se esquece, sonho o tempo nem as circunstanciais fazem apagar, sonho é aquilo que faz o coração bater mais forte, é acordar as 3 horas da manhã e ficar deitado entre quatro paredes imaginado como que seria se tudo fosse verdade. melhor dizendo, sonho é o que nem te deixa dormir. Domina sua mente, seus pensamentos, suas atitudes, escolhas...
E quando por algumas das circunstâncias esse tem que ser tirados dos planos, ah Caros Amigos, não há dor maior. Essa dor, "putz", essa dor te faz chorar, te faz querer colocar outras alternativas no lugar desse sonho, mas esse sonho fica impregnado dentro do corpo, e por mais que anos e mais anos passem, e achamos que esse buraco estrondoso se fechou, percebemos que por mais que outras décadas passem, que outras gerações passem, que tudo se tornou novo, se fez novo, aquele sonho continua escondido, e quando por alguma ocasião, é citado, é lembrado, ele ARDE, porque ele tá ali, e precisa ser realizado. Só quem já realizou um sonho, e só quem perdeu um sonho pode falar.

"EU sou um sonhador, acima de tudo um sonhador. Todas as vezes que eu fui feliz na minha vida, foi quando eu me permiti sonhar, delirar, sonhar com um mundo melhor, um país melhor,  imaginar como vai ser quando tudo for diferente, quando eu tiver conseguido a realizar os meus sonhos. O sonho é que te empolga, você começa a acreditar naquilo te da uma coragem, uma força. Agora, toda vez que eu quis me enquadrar a realidade eu fui extremamente infeliz sabe." (TM, Xaneu Nº5)

ESSE mesmo sonho, que te faz delirar, que te empolga, parece que realmente vai ter que ser deixado para trás. 
"ATÉ  porque sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro".

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Professores CP²


Faltando alguns, mas tá valendo

A maior satisfação

Há quatro anos o Cursinho Prof. CP² vem colocando estudantes de escolas públicas sem perspectiva em universidades Federais e Estaduais.
No ano de 2005 logo após o falecimento do Chico Poço, Rafael Pellizzer e sua tia Neuza Pellizzer decidiram dar continuidade no projeto de Chico. Criar um cursinho voltado para a população de classe média e baixa, com intuito de dar oportunidade aos mesmos, uma oportunidade, que provavelmente sem ela, não teriam chance de fazer parte de uma Universidade pública.
No ano de 2006 o projeto tomou corpo com poucos professores, porém todos muito dispostos a ajudar de qualquer forma, para que o CP² cresça.                                                                                                                 
No primeiro ano de sua criação, haviam cerca de 80 alunos e 20 professores. Porém, ao longo do tempo, alunos e professores começaram a se aproximar e se identificar com o projeto CP². O corpo docente começou crescer, apoios de empresas, pessoas, começaram a se envolver cada vez mais e mais no projeto. Hoje, 4 anos depois de sua formação, estão matriculados 120 alunos, com 40 professores. O cursinho se tornou Órgão público, sem nenhum meio lucrativo. E nos últimos 3 anos, o cursinho colocou 60% de 500 alunos, em Universidades públicas.  
Os alunos se sentem acolhidos no cursinho, como se fosse uma família, um ajudando o outro, nos plantões de sábado, na ajuda em fazer trabalhos escolares, nas palestras, nos debates, que vai além de uma mesa separando aluno e professor, ali, todos têm a chance de falar e de expor o seu pensamento, e daí, as opiniões são formadas, nos tantos emails trocados e até dicas para filmes. No CP², é um envolvimento que vai muito além do profissionalismo, mas, é explícito o prazer por parte dos envolvidos.
E foi isso que encontrei lá, um lugar que me preparasse para o vestibular, que me ouvisse e que me ajudasse a escolher bons filmes. E posso falar por todos os alunos. Ali encontramos um referencial a mais. Uma oportunidade que certamente não teríamos encontrado em outro lugar, oportunidade essa que nos colocará em uma das melhores e mais visadas Instituições do Brasil. E creio que esse projeto, está cada vez mais ganhando corpo, já que ele precisa de uma rotatividade. Daqui a 4, 5 anos quem estará lá no lugar dos professores, coordenadores, seremos nós, e esse bastão passará para as mãos dos próprios alunos. Torço por isso. 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Apocalipse Now

Nós que aqui estamos por vós esperamos

Documentário de Marcelo Masagão, baseado no livro Era dos Extremos de Erick Hobsbawn, com a música Wim Mertens.
Marcelo teve a brilhante ideia de fazer um video com os acontecimentos mais importantes do séc. XX. Só que ele ressalta os fatos "estóricos" de pequenas vidas e histórias, pessoas que dão-lhe por inteiras a prol de uma vida melhor, de lutar por um mundo melhor de solução e principalmente de protesto. 
Nós que aqui estamos por vós esperamos na realidade é um cemitério. Marcelo passa um sentimento de revolta, um sentimento em que podemos e devemos fazer alguma coisa nobre, que realmente faça a diferença.
No entanto, não ligamos se alguém morreu em uma guerra, tinha família, uma namorada, uma importância no ciclo em que vive, simplesmente não ligamos pra quem estava lá, e morreu à favor de sua pátria, na qual realmente acreditava.
Um bom exemplo é o fictício caso do Alfaiate (1867-1911), que queria voar, e acreditava que conseguiria, portanto, jogou todas as suas fichas naquela chance, simplesmente se importando com aquele sonho, e foi, pulou da Torre Eiffel, direto por chão.
Talvez, não sejam maduros o bastante para entender a complexidade de um filme como este, com relatos que deixaram céus e Terras desnorteados. Acabando com gerações, gerações por exemplo, como a Família Jones.  Durante todo o século os "Jones" morreram em guerra "Pátria". Começando pelo Bisavó Jones (1896-1918), Avó Jones (1916-45), Filho Jones (1942) vietnã e por fim Jones Junior (1966).
Como falar em guerra e não lembrar do Alemão assombrado, Hitler, que era visto com paranoia, mau-humorado, sem mulheres e sem amigos e com um ódio mortal pelos judeus. Um homem que quase dominou o mundo, mas acabou se matando junto com sua esposa e dando veneno aos seus filhos. Contado no filme "A Queda".
Podemos lembrar também da queda da crise de 1929, em NY, Crash da bolsa, onde engenheiros viraram maçãs.
Muita coisa se fez no século XX, mulheres e homens saiam à trabalho. Como o casal Hans e Ana em 1914, ela produzia as bombas, ele as atiravam. Mas, depois elas voltaram para a casa, a cozinha, esposo, a depressão. (1914).
Talvez, uma bomba que foi produzida por Ana e atirada por Hans tenha deixado aquele homem com choque de guerra.
Há pessoas que trabalham sua vida inteira montando um "Ford", sem ao menos saber como e poder dirigir um. Os carros "Ford" demoravam cerca de 14hrs para ser produzido, a taxa de hora foi reduzida a 1:30hrs. Ele ganhava UU$200,00 e aos domingos fazia pique-nique, Alex Anderson morreu por gripe espanhola em 1919, e nem ao menos soube o que é um ford.
Coisas que acontecem no mundo desfazem as ordens natural da vida. Kato Mkto, na ficção de Masagão, é um japonês, que foi pra guerra e morreu, escreveu pedindo desculpa aos pais, por fazer com que eles passem por essa humilhação de morrer antes dos pais.
Épocas foram passando e mulheres e homens foram se tornando mais "independentes", sutiã ao fogo, direito a voto sem saber que o voto é um grande inimigo.
Houve grandes homens, como o "Che", um guerreiro, além de ser lindo, lutava com todos as forças para mudar.
Mudar como o Chinês Chen Yat-Sen 1989, que na praça da república conseguiu parar os tanques. Não saiu na frente, até eles recuarem. Também o monge que tacou fogo em si próprio em protesto da guerra do vietnã. Homens trabalhando no metro 8hrs e muitos bigodes. Na Argentina 1983, um homem apertando parafusos, outros cigarros e telefonistas.
Enquanto em 1500, estava havendo revoluções no mundo, Brasil ainda estava com Tanga, dormindo em tenda, em quando só havia Índio fudido, a população brasileira teve um aumento significativo, com negros e putas, e outros senhores feudais. Criando cidades totalmente sem planejamento, fazendo mais favelas, "divisões sociais", enchentes, degradação ambiental e tantas outras coisas que fazem Brasil ser diferente.de outros países.
Bolívia 1994, um Senhor nunca ter visto uma televisão e gostar de coca-cola. Brasil 1993, Senhor Lucilino Silvio ver a primeira televisão a cores e milhares junto com ele.
Será que realmente existe um "ser superior", que assiste a todo esse espetáculo de braços cruzados. Vendo pessoas inocentes morrendo. Será que esse é o destino deles? Morrer sem ter um Ford, fazendo bombas, protestando, com choque de guerra?
Com esperança até na morte, esperança em um prato de comida, uma carta e na morte.
Nós que estamos no cemitério esperamos vocês que ainda estão a fazer alguma coisa que realmente valha  a pena.
Na mensagem que ele nos tráz, nos inúmeros acontecimentos de nossa história... De como pessoas dedicam suas vidas naquilo em que acreditavam e em alguns casos, entregaram-se literalmente... Sendo assim, penso no sentido de tudo isso que passamos por aqui e o que de fato deixamos?
Essa geração que está ai pouco se importa com o que acontece ao seu redor... Extremamente alienada, consumindora e vivendo dia após dia, sem pensar nos desdobramento. Geração essa a minha que tem achado tudo meio vazio e sem sentido, numa fase meio niilista.

sábado, 13 de novembro de 2010

Cidade Querida, Jundiaí

Se sairmos às ruas da “Querida cidade, Jundiaí” veremos que, está localizado em uma boa região geográfica. É palco de grandes transportações estabelecido ali, empresas como Coca-cola, Pepsi, Casas - Bahia entre outras. Também está sendo estabelecidos lá, grandes condomínios fechados. Condomínios super-luxuosos, com comodidade, segurança e “dentro da natureza”. Esses fatores enriquecem a cidade, já que segundo o IDH, Jundiaí é umas das cidades do Estado do Sudeste com um dos melhores índices de desenvolvimento. 
Porém, com o crescimento e desenvolvimento da cidade, acabaram a explorar áreas que são de preservação ambiental. Como a Serra do Japi. Por exemplo, os condomínios “super-luxuosos” foram estabelecidos dentro desta área de preservação e segundo o Ex-candidato a Deputado Estadual Célio T. a Coca-cola consome mais água que a cidade inteira de Jundiaí.
Com o grande investimento para que a cidade cresça e se enquadre aos padrões de uma cidade com IDH alto. As atividades culturais acabaram sendo deixado de lado. Desde muito cedo a cidade não ofereceu novas alternativas de lazer. A não ser pelas festas da fruta da época e o cinema restrito às salas do shopping. Onde foi crescendo uma geração sem o prazer pela cultura e sem conscientização cultural.
Em Jundiaí, existem teatros como Polytheama e Glória Rocha que em muitas peças, os preços das sessões, estão acessíveis a toda população. Entretanto, não há interesse dos mesmos. Fazendo com que, só a Elite tenha contato com cultura. Transformando cargos de trabalho menos favorecidos aqueles que não tiveram interesses a cultura e informação. 
A solução Caros amigos, é investir em desenvolvimento sim, mas, sem afetar as alternativas de lazer. É investir em conscientização cultural. Escolas com aulas de música, teatro, debates, cultura em forma geral. Em oportunidade de ensino, ensino técnico e superior acessíveis. Segundo dados do IBGE 3% da população brasileira têm curso superior e dentro desses 3%, só 0,5% são de escolas públicas. Temos que fazer com que a população mais carente de cultura possa entender que a educação estudantil é importante; E que esses 3% possam crescer. Torço por isso.