sexta-feira, 13 de abril de 2012

A auto-estima


Há muito se diz que com tantas dificuldades que as pessoas vêm enfrentando no dia a dia, há uma queda da auto-estima dos brasileiros. Tanto pela economia não estar caminhando muito bem, os salários baixíssimos que grande parte da população recebe, problemas familiares, sociais, psicológicos, enfim, circunstâncias que afetam nosso modo de vermo-nos.

Zuenir Ventura, em um de seus artigos, revela que, quase um quarto da população recebe R$4 ao dia. Com as obrigações que vem todo mês e sem falta. As contas de luz, água, escola das crianças, prestações do carro, dentista, e aqueles que aparecem de surpresa, passeios escolares, multas. Todas essas contas, que comem praticamente todo o salário, deixando a aparência pra segundo plano.

Os baixos salários, quando se juntam com o não reconhecimento profissional , dão origem aos pequenos estresses, um comentariozinho de um lado, uma crítica do outro, e pronto, já se acham péssimos no que fazem. Se culpam, cobram-se. Afetando o rendimento do serviço. Aumentando cada vez mais as pressões, Formando pequenas bolas de neves prontas para rolarem.

No âmbito familiar, problemas do trabalhando acabam afetando o relacionamento em casa, no inverso, é verdadeiro também. O rendimento de um afetando o outro, estando sempre no limite, se achando uma péssima mãe/pai, que não sabe orientar bem os filhos, não pode dar o que eles pedem, sentindo-se feia para seu parceiro, inferiorizando-se. O mesmo com o chefe, os colegas de trabalho, não alcançando as propostas e metas estabelecidas pela empresa. Fazendo com que aquela bola de neve comece a dar suas pequenas derrapadas.

A auto-estima, se não ser cuidada, pode afetar mais do que relacionamentos próximos, mas também, a psique das pessoas, tendo conflitos com o seu “EU”. Passando do estágio de descontentamento, podendo desenvolver doenças como depressão, bulimia, anorexia, que mudam visões, jogando em um universo paralelo, no qual, só quem se encontra assim, entende. Enfrentando posterior, a vários tratamentos com medicamentos relativamente fortes e acompanhamento com psicólogos. Tudo isso, porque o baixo salário, sem perspectiva de melhora, desvalorizado dentro de casa muitas vezes, acaba com que aquela pequena bola de neve, hoje torna-se proporções bem maiores.

Infelizmente a auto-estima não está só relacionada com pessoas adultas, mas também entre as crianças, o que hoje entendemos com bullying. Em que meninos e meninas são discriminados por apresentarem qualquer tipo de irregularidade dos padrões estabelecidos por uma turma de crianças. Na qual a roupa em que usa, a forma de falar, o padrão de vida, o nível social que pertence são decisivos nos tipos de relacionamentos e tratamento que apareceram.

O bullying entre crianças está maior do que se pensa. Sempre houve, mas não a denuncia com nome próprio. Indicando a causa e quem são os “agressores”. Quantas vezes nossas mães, tias, irmãs mais velhas voltavam da escola em prantos, pelo fato de serem apelidadas por estarem acima do peso, ou então um cabelo mais enrolado, ter uma voz mais fanhosa, ter sardas, tímida. E por ai vão, tantos motivos para julgar, intimidar, serem motivos de riso, chacota. Isso por sua vez, não estará presente só no período de colégio, mas é levando a vida adulta, vinculada ao amadurecimento, ao caráter. A forma da postura mediante problemas, tomadas de decisões, agir com público, esteja relacionado com grande número de pessoas. Facilitando a manifestação da baixa estima. A timidez é um exemplo ótimo, em algum momento em sua vida, algo aconteceu com que suas emoções fossem mantidas sem se expressarem. Quando foi uma vez apresentar um trabalho de escola, e nervoso gaguejou, ficou vermelho e as outras crianças riram, o que hoje tornou uma demonstração de falta de confiança, medo de encarar pessoas, projetos, metas.

A auto-estima age em vários graus, tanto bons quanto maus. A auto-estima de se achar o mais competente, adapto, bonito, carismático de todos, os famosos confiantes, e os que conversamos durante o artigo. Que em algum momento sofreu certo preconceito e desde então não se acha capaz. O famoso “achismo”, acha que não pode, acha que não consegue, que não é merecedor, que não, que não e que não. Que não pode cuidar bem de uma família, que não vai ser competente no âmbito profissional e que nunca será reconhecido. Todos esses problemas de personalidade afetando a mente e devem ser tratados e eliminados.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Pensamentos dispersos.


Certo dia, em horário de pico na grande São Paulo, na ilustre Avenida Paulista comecei a enxergar coisas de nosso cotidiano, na qual estamos tão alienados com os afazeres que simplesmente passam despercebidos no quão diversos é cada rua, praça, passarela. Enfim, no redor.

Aproveitei aquela brisinha cortante, nos dias mais frios, para simplesmente andar e não pensar. Mas que ironia do destino, pensei e como pensei em cada Ser que passava ao meu lago. Desde o executivo com pastas e documentos, gravata e sapato importados, óculos pretos que passam um “ar” de honra, temor, poder... O que talvez por dentro, não seja mais que uma risada infantil.
Neste instante também reparei naquelas crianças que fazem dos semáforos seu circo, uns mais iniciantes com duas bolinhas de meia, fazem dos 30 algo que ao menos lhe dêem qualquer trocado. Mas, têm aqueles mais graciosos, que tiram da cartola, novos atrativos, uns mais batizados, mas que chamam a atenção da mesma forma. O fogo, as garrafas e claro, no país do futebol, as embaixadinhas.

Não faltam aqueles mais desagradáveis, os limpadores de parabrisas. A cena começa quando um Corola preto, com insulfim preto, do tipo proibido, vira a esquina, o semáforo do amarelo, logo alcança o vermelho. O carro de vidros fechados pára, se aproxima um menino, de uns 12 anos, baixo, magro e sujo, com uma garrafinha com sabão e rodo, sem pedir muita permissão, lança o líquido no carro, com várias buzinas e com ré o motorista responde, limpando o vidro. O garoto já acostumado com as reações logo passa ao carro seguinte, este mais simples, velho e sem insulfim mascarando-o, a aceitação é positiva, já que o mesmo estava sujo, e uma ducha melhoraria a imagem do automóvel, agradeceu com uns trocadinhos e logo deu partida.

Continuei a caminhada, deparei-me com uma mulher bem arrumada, loira, com roupa social, salto baixo, parecia preocupada com o que enfrentaria daí em diante, mas, segurava em uma de suas mãos, que não estava cheia de pastas, bolsa, a mão de uma menininha, que saltitava pela Avenida, sua felicidade era nítida, pulando, cantarolando. Certamente tinha acabado de sair do colégio, uma vez que estava de uniforme, duas marias-chiquinhas e uma mini-mochila. A mulher fazia de tudo para não passar suas preocupações para a garota, que em cada esquina colhia uma flor, cheirava e sobrava...

Quando elas passaram por mim, o sol já não raiva forte, algumas nuvens negras e pesadas cobriam o céu da terra da garoa. Caminhei mais um pouco, quando avistei um pedaço de cimento, onde poderia me sentar, quando o fiz, vi de longe um casal, um homem bonito, alto, moreno, de sorriso e tronco largo, largo o suficiente que cabia ela, ela, era meiga, morena também, com uma beleza escondida, que necessitava de descobertas para senti-la, sorriso meio atrapalhado, mas, seu olhar dizia o Quão ele fazia bem a ela, momento este, que certamente guardaria para sempre, mesmo sem saber se o romance teria continuidade. Com risos e beijos passaram por mim. Confesso que senti uma pitada de ciúmes, fez-me recordar de amores não resolvidos, que o tempo não deu espaço para serem vividos e amar como deveria. Eles, simplesmente passaram.

Ali sentada, observei no outro lado da rua um menino, que fumava, suas feições eram escondidas pelas formas que a fumaça desenhava. O garoto por sua vez, brincava, a fim de descobrir o que podia desenhar... Imaginei se estava lá por querer esquecer-se do que estava ao seu redor, ou estava por estar...

Aquelas nuvens que fechava o céu da minha cidade, começou a tomar conta de toda região, se fazendo mais dominantes. Levantei, limpei a calça e segui, de volta ao meu destino.

Do caminho da volta, com passos mais acelerados, com anseio da chuva, questionei o porquê de tanta desigualdade do mundo, de como aqueles moradores de rua iam se proteger da chuva que não era pouca. Questionava por que não podemos ter uma varinha de cordão e fazer com que tudo seja diferente, a sociedade, a família, o amor. Este ultimo, creio que seja mais importante de todos e o que os une. Os amores, que não damos, não receberam não demonstramos e aprendemos a não sentir.

No momento do fim da Av. Paulista, olhei para trás e reparei que se cada um não olhar para dentro de si de modo diferente, jamais poderá olhar a sociedade com planos melhores.
Então, sorri, virei e voltei ao mundo alienado e niilista.

domingo, 16 de outubro de 2011

Apologia os fim do tabaco


Apesar do ministério da saúde advertir que o tabaco causa diversos danos à saúde, como vício, doenças cardíacas, impotência sexual entre outras, o fato de fumar vai da apologia que a sociedade impõe.
Está diretamente ligada a influencia que, principalmente, os adolescentes seguem, de irmão mais velhos, pais e até mesmo professores, ou, pode se dar ao convívio de fumantes, se tornando assim "fumantes passivos".
O tabaco é um vicio com mais de 30 milhões de brasileiros, que consomem anualmente 5,3 bilhões de maços. O governo ortogou leis no ano de 2002 que nas embalagens dos cigarros tivessem fotos e falassem sobre os danos que fumar causa, com imagens de crianças em UTI's, pulmões etc.
Entretanto, o circulo social tem mais "peso" que as fotos em maços, Começando nas "rodinhas de amigos", nos "churrascos", que em princípio era para acompanhar uma "cerveja", e tornando companheiras habituais.
A conscientização dos prejuízos causados pelo tabaco, quando se torna incontrolado, pode afetar as mulheres no período de gestação, onde o prolongamento do fumo nesta fase, acaba comprometendo o desenvolvimento do cérebro e o ganho de peso no bebê, e assim criando maiores chances de sofrerem com a Síndrome súbita do lactante, e outras doenças crônicos.
Afim de por fim as más ilustrações, foi desenvolvido no Canadá camisinhas como carteiras, onde podem colocar os maços, sem incomodar com fotos constrangedoras. O que antes era forma de prevenção, se torna algo para ocultar os malefícios.
Para dissipar a questão, deve-se estimular a sustarem nos meios de comunicação, nas novelas, filmes e seriados, dos personagens que são mais influenciadores, que possam ser expostos o fim do fumo, ou mesmo a diminuição. São pequenos atos, que na sociedade niilista que vivemos, a aparência vale mais que muitas campanhas.

domingo, 10 de abril de 2011

Sem livro na prateleira


Após um longo dia de trabalho, estudo, o que mais se quer é cair em frente à televisão, e saber quem é que vai ganhar o BBB11. Será que é o bonitão do Wesley, o Daniel ou a Maria? Será que depois de um dia denso, pegando o metrô lotado, onde dois corpos ocupam o mesmo lugar no espaço ainda há motivação para a leitura?
Foi pensando em tudo isso, pensando se realmente o jovem de hoje anda trocando a internet, televisão pela leitura, cheguei a simples conclusão de que no Brasil, ter a prática da leitura é perigoso. Por isso, desde a ditadura militar, o governo matou a educação, o sistema público de qualidade. Ter uma nação pensante é extremamente perigoso.
O Japão, depois do desastre de pouco tempo, o investimento não só será em estrutura, industrialização. Será em educação, de médio e longo prazo. Para que amanhã, possa colher os frutos. De uma boa política de pública de qualidade.
A ONU projeta que o Brasil seja a 5ª economia mundial no ano de 2012. Hoje ele está na 7ª posição. E isso vai afetar muito a economia, o sistema de produção, de educação. Já que desde 1832 quando de fato começou a ocupação portuguesa, o Brasil está em movimento retilíneo uniforme, inércia. É fácil lembrar que o Brasil é o eterno país do futuro, e será o eterno país do futuro enquanto não usar sua capacidade funcional. Tem setor de capacidade ociosa de 50%, e esse mesmo país do futuro está perdendo cérebro para outros países, porque aqui não se investi em educação, e muitos pesquisadores estão fazendo sucesso nos EUA, no Japão, porque lá acharam campo para exploração.
Acabar com uma nação é tirar a educação dela, a profissão mais desvalorizada é a do professor, tanto básico quanto médio e superior. A coisa que mais é desvalorizada é a educação. Basta ver os lixos que passam na TV. E foi isso que a ditadura fez, as famosas receitas de bolo nos jornais, para manter o povo sem pensar, sem questionar.
A política não se interessa por uma educação durável, por isso que vê tanto curso técnico, só para forma de sustento.E o motivo é que a classe média não pede. Se a classe média exigir uma escola pública de qualidade ela vai ter, e com relação a hospitais, transporte público.
Dinheiro tem, os impostos caríssimos estão ai para isso. A diferença, entre países como o EUA e o continente Europeu, é que lá funciona. O imposto serve para distribuição de renda. Na saúde, segurança, saneamento básico, coleta de lixo, lixo seletivo, educação pública de qualidade desde o fundamental até superior. Aqui, todo esse imposto é desviado para outros fins.
Antes, tinha o FMI para culpar, não se investia porque tinha que pagar a divida. No ano de 2005 o governo Lula pagou a divida e viramos credores. Antes a educação era ruim porque tinha o FMI, a saúde era ruim por causa do FMI. Mas e agora? Vai culpar quem? De quem vai ser a próxima teoria conspiratória?
O Brasil se ofende em saber muito, quer perder uma amizade, dê um livro de presente para alguém. O Brasil é isso, tem medo de cultura, medo de educação, tem medo de capital humano, vai sendo o eterno país do futuro, e mesmo assim vai chegar a 5ª economia mundial.
Mas, enfim, pegando um trecho da música do Gabriel Pensador:"A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o programado é você".

quinta-feira, 10 de março de 2011

História das coisas


Da extração a produção até a venda, consumo e descarte. Todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos. Ou seja, os processos produtivos de praticamente todas as coisas do mundo.
Annie Leonard a narradora do documentário, nos relata que passou dez anos viajando e lendo, conhecendo como o mundo firmava uma agressão contra o meio-ambiente. E pudemos ver que estamos vivendo em um mundo capitalista. Sei que ninguém está a favor de abolir com o capitalismo, mas devemos prestar atenção nos fatos.
O governo foi criado para nós, cuidar de nós, feito para nos proporcionar saúde, melhoria de vida. E em vez disso, ele junto com a corporação que acabam sendo maiores que o governo, já que 51 das 100 economias da terra são para as corporações, o governo trabalha exclusivamente para a corporação.
Isso significa “exploração dos recursos naturais”, “destruir o planeta”. Acabamos com as árvores do nosso planeta, já que 2.00árvores são cortadas por minuto na amazona, para consumirmos e jogarmos no lixo para fazer parte daquela seta que da origem ao sistema.
Então seguindo o raciocínio de Leonard, vamos para a matéria-prima, porém a “matéria-prima” decorre de produtos tóxicos ou seja química tóxica com produtos naturais.
Agora pensamos, o governo é feito para proteger o povo, mas estamos prejudicando com isso as gerações futuras, os leites maternos são comprometidos tóxicamente, sabemos que o leite materno se adapta ao tipo de mundo em que ele vive, se a mãe mora no lado de um esgoto, seu leite terá sistemas de proteção. Já uma mãe que trabalha em uma fábrica que produz altamente substancia tóxico, seu leite terá uma proteção contra essa tóxica, mas o tóxico é altamente forte e o sistema imunológico dessa mãe não será tão forte e as nossas crianças são as mais prejudicadas invés de protegê-las. E isso também acontece com mulheres em idades fertes e não tem alternativa já que tudo que produzimos, trabalhamos temos que seguir a “seta” e cada vez mais poluir nossas vidas.
O que os países “ricos” (EUA) fazem é montar suas fabricas em outros países para que não só a saúde dos demais seja prejudicada, mas acabam comprometendo o futuro de cada adolescente e jovem que deixam de estudar para fazer que países como EUA cresça e enriqueça cada vez mais.
Nos EUA o foco é que as pessoas possam capitalizar consumos baratos como o rádio de U$4,99. para que os estadunidenses consumam mais e poder fazer aquela seta novamente rodar.
Então voltamos para o grande problema mundial, “o lixo”, se em 6 meses 99% das coisas que são processadas, transformadas e cultivadas vão para o lixo, o que temos que fazer para que tenhamos menos prejuízos é reciclar. Porém, tem coisas fabricadas que é impossível de reciclar.
A reciclagem é importante, quando pessoas trabalham juntos em uma só causa existe força para conseguir sempre ter vitórias e melhorias. A reciclagem é redução do lixo nas extremidades, reciclar vai além de um ato de boa ação e ajuda ao próximo como forma de doação, mas é um dever que todos nós seres humanos devemos fazer, para que possamos viver em um mundo renovável. Mas infelizmente isso não é suficiente, muitos produtos são fabricafos com todos os tipos de matérias juntos e deixando o seu uso sendo impossibilitado de ser renovável.
Por mais incrível que seja todo esse processo de destruição ao planeta, podemos ver pessoas que trabalham por causas juntas, com consumos consciente e fazer de um governo, um governo para o povo que vê as preocupações do seu povo, e quando nossos olhos começarmos se abrir para mudanças. E o ser humano criou a seta de consumo atrás de consumo, e o mesmo pode criar um consumo atrás de respeito a nossa natureza.
Pessoas vão falar que ainda da para vivermos no coração do comercio do capital, mas se passarmos mais algumas décadas será bem difícil dizer como vai ser, como será a população mais pobre, a nossa saúde. Governo e corporação querem colocar capital na frente das pessoas e para que exista países ricos (EUA) precisam ter países pobres, países de terceiro mundo. Essas importâncias são negativas para a unificação dos países, deixando ter uma linha de separação
entre os países, entre as pessoas.
O documentário “The Shory of Stuff” nos revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nossas infâncias


Alguns dias atrás pude compartilhar momentos especiais com uns de meus queridos. Vendo e tirando fotos, relembrando os tempos passados, os bons tempos e soltando boas gargalhadas com as experiências do dia-a-dia, nas cenas que nos deparamos, e a noite foi de muita risada em torno de uma mesa com alguns doces daquela época.
Um dia posterior da noite e LEMBRANÇAS, pude passar a tarde com alguns primos, bem menores do que eu. A folia foi grande, uma correria pelos cantos da casa, travesseiros voando, e até garrafa pet serviu de bola, depois essa mesma pet e o travesseiro serviram para os meus queridos correrem atrás de mim. Um na frente, outro atrás e outra me segurando. CONCLUSÃO: todinho jogado na minha camiseta, algumas partes doloridas e muito cansaço e suor. Ah, é claro, para terminar um geladinho bem saboroso.
Depois desses bons momentos, comecei a me questionar sobre as mudanças que enfrentamos com o tempo. Em minha infância saber subir em árvore era obrigatório, pilotar carrinho rolimã, andar de patins e bicicleta era o “pretinho básico” da época. ´comer fruto direto do pé das árvores, chegar exausto e sujo em casa era uma das melhores sensações.
Brincando com meus primos, percebi a deficiência em arrumar e escolher brincadeiras físicas. As únicas da lista era esconde-esconde e pega-pega. Amarelinha, policia e ladrão, adoleta não tinham lugares e espaços para suas brincadeiras cotidianas.
Suas brincadeiras são videogame, PSP, computadores e todos os jogos virtuais. O Maximo que tinha era “Bicho-Vritual”.
A pauta da questão Caros Amigos, são os esforços não gastos, os tantos MC lanche’es felizes depositados na frente dos brinquedos domésticos. Os quilos acumulados e boa parte de nossas crianças crescendo com doenças relacionadas com a obesidade e sofrendo o tal chamado bulling .
Agora Querido Leitor, passo a questão a vocês, mas antes de repassarem, pensem um pouco.

Um voto contra a violência.


Calibre, pistola, estilete, canivete.Chamem do que quisessem, Armas apontadas diariamente para trabalhadores, pais, filhos. Nos ônibus, nos semáforos, nas casas, nos bancos. Qualquer lugar é suspeito e palco de assaltos.
Infelizmente são crianças e jovens que cometem crimes para o uso de drogas. Começa com uma maconha, tudo bem “natural” até que vai para a cocaína, crack e quando se vê, muitos jovens estão zanzando completamente alienados em busca de droga.
Não tem como não falar da ruptura familiar, das portas que se fecham antes mesmo de serem abertas. Da preocupação se amanhã haverá um prato de comida em cima da mesa, se não haverá depravações e violências contra um dos seus debaixo de suas casas.
Muitos adolescentes não agüentam a “barra” de vida paupérrima e vão fazer a vida nas ruas, nos becos, muitos abandonados. A fome, o frio, a falta de um carinho são preenchidos por usos de drogas. E para o consumo a solução dessas crianças são de enfrentar e passar limites. Se envolvendo com bandidos, traficantes que influenciam. Depois de algum tempo aquelas mesmas crianças precisando de carinho estão assaltando, trocando tiros com a policia, estrupando e matando sem restrições.
Triste realidade de todos os noticiários nacionais e fora. Hoje mostrar noticias onde famílias se matam por causa de dinheiro, assaltos, mortes já não nos emocionam mais, não nos deixam perplexos. Virou normal, virou manchete, virou dia-a-dia.
Muitos só são novamente sensibilizados com historias do tipo, quando são expostos por essas situações. Ficava assistindo as cenas das tantas famílias atônitos e esperava que a justiça fizesse algo, mas logo depois as cenas eram apagadas da memória.
Até que com muita DOR, no dia 12 de Janeiro de 2011, na praia de Caraguatatuba Avelino Ferreira Batista Filho foi brutalmente assassinado ao chegar na casa de praia, ao voltar de um passeio com sua esposa e sua filha, foi morto com um tiro na nuca.
Quando soube da noticia que meu TIO tinha sido morto pude entender todas as famílias e compartilhar da mesma dor.
Hoje, a única coisa que peço é a justiça. Graças à Deus, os assaltantes já foram localizados, o que disparou o tiro tem 17 anos e está preso, o outro que estava com ele, está internado no hospital entre a vida e a morte, e tem 21 anos. Não desejo a morte à nenhum deles, e nem tenho raiva.Só espero que eles paguem pela vida do meu tio, e que um dia, eles possam encontrar com o calvário e se arrepender desse ato depravaste.
A grande solução para que um dia esses noticiários possam dar trégua Caros Amigos, é investir desde pequeno na educação, nas famílias, assistências sociais, investir em vida, dar um fim nas drogas, dos traficantes e nas policias que ficam nas ruas muitas vezes despreparadas, vulneráveis a mercê do que há de acontecer.
Um voto pela paz, pelo fim da violência, pelo fim de crianças armadas e drogadas. Um voto a favor da VIDA. Essa é para você TIO NANNO.